Censo: Brasil tem quase 12 milhões vivendo em unidades de conservação; mais da metade delas é inabitada

  • 11/07/2025
(Foto: Reprodução)
Quase a totalidade (99%) vive em áreas de uso sustentável, que são menos restritivas à ocupação humana. População vivendo em unidades de conservação é mais negra e indígena que média do país. Viaduto vegetado localizado na Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio São João, no município de Silva Jardim (RJ). Divulgação/Arteris O Brasil tem quase 12 milhões de pessoas vivendo em unidades de conservação, o que equivale a 6% da população brasileira, segundo dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 🌳As unidades de conservação incluem florestas nacionais, áreas de proteção ambiental, reservas biológicas e outras. São divididas entre as de proteção integral, com mais restrições à presença humana, e as de uso sustentável (leia mais abaixo). 🌳O Brasil tem no total 2.365 unidades de conservação. Dessas, 1.227, ou 52%, são inabitadas, segundo o IBGE. Quase a totalidade desses 12 milhões (99%) vivem em áreas de uso sustentável, que são menos restritivas à ocupação humana, como áreas de proteção ambiental – a cidade de Brasília está em uma dessas, por exemplo – e reservas extrativistas. Unidades de conservação mais populosas Nas áreas de proteção integral (como reservas biológicas, parques nacionais, estaduais e municipais e estações ecológicas, refúgios da vida silvestre monumentos naturais), onde a presença de pessoas é mais regulada, vivem 132 mil brasileiros. Estão nesse grupo, por exemplo, indígenas e quilombolas, que têm uma presença maior em unidades de conservação do que outros grupos (veja abaixo). O fato de morarem em unidades de proteção integral não significa que essas pessoas estão em situação irregular. Desfile de quilombolas do Mumbuca com pelas de capim dourado Vilma Nascimento/g1 1 em 4 moradores do DF está em unidade de conservação O Distrito Federal é a unidade da federação em que proporcionalmente mais gente vive em áreas de proteção ambienta: 39%, ou um em cada quatro habitantes, É lá que fica a Área de Proteção Ambiental do Planalto Central, que também se estende por Goiás, e na qual moram 602 mil pessoas – maior população entre todas as unidades de conservação do país. É nela que fica Brasília. População nas unidades de conservação é mais negra e indígena O perfil racial das pessoas que moram nas unidades de conservação é mais negro e indígena do que a média do país. Veja os números 51% são pardos (ante 45% no conjunto do país) 36%, brancos (ante 44%) 12%, pretos (ante 10%) 1% indígenas (ante 0,8%) Há, ainda, uma maior presença de quilombolas: 2%, ante 0,7% no conjunto do país. Um em cada cinco quilombolas vive em uma unidade de conservação. População nas unidades de conservação está mais exposta à precariedade Em 2022, cerca de 4,7 milhões de pessoas das 11,7 milhões que viviam em unidades de conservação no país conviviam com alguma forma de precariedade em relação ao abastecimento de água, esgotamento sanitário ou coleta de lixo, segundo o IBGE. Isso representa 40,34% dos moradores dessas áreas e mostra que os residentes de unidades de conservação estão mais expostos à alguma forma de precariedade, isso porque a proporção é superior à média nacional, de 27,28%. Entre as condições consideradas precárias estão a falta de água canalizada até o domicílio, ausência de esgotamento sanitário ligado à rede geral ou fossa séptica, e ausência de coleta de lixo, seja direta ou por serviço de limpeza urbana. Tipos de unidades de conservação As unidades de conservação se dividem em dois tipos: as de proteção integral e as de uso sustentável. As unidades de proteção integral priorizam a preservação ambiental têm maior restrição à presença humana. Estão nelas: Estações Ecológicas; Reservas Biológicas; Parques nacionais, estaduais ou municipais; Monumentos Naturais; e Refúgios de Vida Silvestre. UCs de proteção integral mais populosas As unidades de uso sustentável buscam conservação na natureza e presença humana, principalmente nas Áreas de Proteção Ambiental (com certo grau de ocupação humana) e, em menor escala, nas de relevante interesse ecológico (com pouca ou nenhuma presença humana). Elas se dividem em: Florestas nacionais, estaduais ou municipais; Reservas Extrativistas; Reservas de Desenvolvimento Sustentável; Reservas de Fauna; e Reserva Particular do Patrimônio Natural. VÍDEO: parque com mais de 52 hectares de floresta amazônica sofre com abandono em Manaus Parque com mais de 52 hectares de floresta amazônica sofre com abandono em Manaus

FONTE: https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2025/07/11/censo-ibge-unidades-de-conservacao.ghtml


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