Bioeconomia do babaçu projeta Maranhão na agenda climática da COP30

  • 21/11/2025
(Foto: Reprodução)
A cultura do coco babaçu ganhou destaque na COP30, em Belém, ao ser apresentada como uma das principais soluções do Maranhão para unir geração de renda, Divulgação A cultura do coco babaçu ganhou destaque na COP30, em Belém, ao ser apresentada como uma das principais soluções do Maranhão para unir geração de renda, preservação ambiental e valorização de saberes tradicionais. A participação maranhense teve como uma das vozes centrais a liderança comunitária Nelinha do Babaçu. A cultura do coco babaçu ganhou destaque na COP30, em Belém, ao ser apresentada como uma das principais soluções do Maranhão para unir geração de renda, preservação ambiental e valorização de saberes tradicionais. A participação maranhense teve como uma das vozes centrais a liderança comunitária Cornélia Rodrigues, conhecida como Nelinha do Babaçu, que atua pela defesa e autonomia das quebradeiras de coco. Segundo Nelinha, o Maranhão chegou ao evento mostrando tecnologias e produtos inovadores ligados ao babaçu — de bebidas vegetais a canudos sustentáveis — e atraiu a atenção de representantes de vários países. “O mundo está conhecendo o Maranhão, o Maranhão da indústria e das soluções ambientais”, afirmou. Segundo Nelinha, o Maranhão chegou ao evento mostrando tecnologias e produtos inovadores ligados ao babaçu Divulgação Bioeconomia com identidade Nos painéis sobre bioeconomia, o babaçu foi apresentado como um exemplo de cadeia produtiva que consegue crescer sem romper com o território e a tradição. Para Nelinha, essa expansão só é possível porque une conhecimento ancestral e tecnologia. “Juntamos saberes tradicionais com inovações atuais para desenhar uma nova indústria onde todos sejam beneficiados”, explicou. O babaçu, além de recurso natural fundamental para a conservação da floresta, é fonte histórica de renda para comunidades quilombolas e para milhares de mulheres que vivem do extrativismo. Elas foram protagonistas nas discussões da COP30. Depois de décadas cobrando espaço, as quebradeiras finalmente conseguiram levar sua mensagem. “O mundo entendeu a importância de 350 mil mulheres que cuidam de uma floresta em pé para que a humanidade continue habitando esse planeta”, disse. Parcerias e desafios Para fortalecer a cadeia do babaçu, Nelinha defende mais investimento em cooperativas, já que o trabalho é coletivo e depende de organização para garantir preço justo e melhores condições de produção. Ela destaca que 90% da atividade é feita por mulheres e que é urgente criar mecanismos que garantam saúde, segurança e qualidade de vida a quem extrai a matéria-prima. A liderança também reforça que a nova indústria do babaçu precisa gerar valor tanto para quem produz quanto para quem processa. A ideia é que todo o ciclo da bioeconomia beneficie diretamente as comunidades tradicionais, que são as guardiãs do território onde o babaçu se multiplica. Voz que atravessa fronteiras Na COP30, a presença do Maranhão reforçou a importância da floresta viva e de modelos econômicos que respeitam cultura, ambiente e direitos sociais. Para Nelinha, esse é um momento histórico para as quebradeiras de coco, que finalmente tiveram seu trabalho reconhecido em um dos maiores eventos climáticos do planeta. “O mundo entendeu a importância de 350 mil mulheres que cuidam de uma floresta em pé para que a humanidade possa continuar habitando nesse planeta.”

FONTE: https://g1.globo.com/ma/maranhao/maranhaoamazonico/noticia/2025/11/21/bioeconomia-do-babacu-projeta-maranhao-na-agenda-climatica-da-cop30.ghtml


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